Cusco, em quechua Qosqo, significa “umbigo do mundo”. Essa cidade que no passado foi o centro administrativo e cultural do Império Inca, hoje recebe milhares de visitantes e oferece diversas opções de passeios e programas. Nós adoramos nossa passagem por lá, e aqui vamos falar dos passeios que mais gostamos de fazer.
A CIDADE DE CUSCO
Foto: Cusco vista de cima em nossa passagem pela cidade
Cusco está a 3.400 metros acima do nível do mar. Quem chega de avião pode sentir alguns sintomas do mal de altitude nos primeiros dias, por isso é preciso pegar leve na programação para se adaptar.
Uma boa opção é caminhar pela cidade, buscando algum free walking tour, ou até mesmo um city tour. Nós fizemos as duas opções e adoramos! O walking tour é legal fazer nos primeiros dias, pois nele você já consegue aprender um pouco da história e se ambientar na cidade.
Nós fizemos com a empresa “free walking tour Cusco” e gostamos bastante. O tour se resume a caminhar pelos pontos mais interessantes da cidade ao longo de duas horas, e termina na parte alta de Cusco, com direito a uma brinde com pisco. No dia seguinte fizemos o city tour, e como já tínhamos um conhecimento básico do local, aproveitamos melhor.
No city tour tivemos a companhia integral de um guia, que visitou conosco a Catedral, o Templo do Sol (Qoricancha), Saqsayhuaman, Qenqo, Puca Pucara e as ruínas de Tambomachay. Em cada parada o guia nos contava um pouco mais sobre a história dos Incas e da cidade. Esse tour tem duração aproximada de 4 horas, e é um misto de caminhada com trajetos feitos com van, que leva para as ruínas que estão ao redor da cidade.
VALLE SAGRADO
Foto: Sítio arqueológico de Ollantaytambo
Um dos passeios mais procurados na região de Cusco, o Valle Sagrado dos incas guarda grande parte da história desse povo que habitou a região antes da chegada dos espanhóis. O vale é cercado por montanhas e muito verde. Era considerado sagrado pelos incas pela qualidade de seu solo e clima, que propiciava o cultivo dos alimentos, além de estar próximo das montanhas, que representavam a divindade.
O tour pelo Valle Sagrado segue um mesmo roteiro em todas as agências. A primeira parada é Pisac, que impressiona pelos terraços agrícolas e vistas das montanhas ao seu redor. A segunda parada é um almoço em Urubamba, no meio do caminho até Ollantaytambo. Em Ollanta subimos as dezenas de degraus até o topo das ruínas mais impressionantes de todo o vale sagrado. Por último, fizemos uma parada em Chinchero, onde aprendemos algumas técnicas de tecelagem e artesanato dos povos indígenas que ali vivem, além de visitar ruínas incas. Esse tour dura o dia inteiro, você vai sair de manhã de Cusco e vai voltar para a cidade já no início da noite.
Foto: Peruana ensinando técnicas de tecelagem para nosso grupo
É importante falar que visitar as ruínas e os lugares históricos de Cusco não é barato. O boleto com menor custo que permite visitar as ruínas Incas custa aproximadamente R$ 90 (70 soles peruanos – cotação de nov. de 2019), e ele vale apenas por 1 dia. Se você deseja fazer uma visita mais completa, e visitar também o Valle Sagrado e museus, existe a opção do Boleto turístico integral, que sai por aproximadamente R$ 165 por pessoa (130 soles peruanos).
MARAS E MORAY
Foto: Nosso registro das Salineras de Maras
O tour que passa pelas Salineras de Maras e as ruínas de Moray é um dos mais curtos. Você vai sair de Cusco pela manhã e retornar por volta das 14h. Nossa primeira parada foram as ruínas de Moray.
A área que se pode visitar é relativamente pequena, mas impressionante. Ali os incas criaram um laboratório agrícola. Construíram grandes terraços em diferentes altitudes para cultivar seus grãos e observar como se adaptavam. Para entrar nas ruínas é preciso ter um boleto turístico, ou o parcial de 70 soles por pessoa, ou o integral de 130 por pessoa, que já mencionamos anteriormente.
Após visitar Moray, seguimos para as Salineras de Maras. Aqui a entrada custa 10 soles por pessoa (R$ 13,00), e não é necessário nenhum boleto. As salineiras são mais de 3.000 piscinas de sal, que se originaram de um manancial subterrâneo há mais de 110 milhões de anos.
É uma paisagem muito bacana o contraste das salineras com as montanhas ao redor. O sal é explorado para fins econômicos pelo povoado local, e é possível observar eles trabalhando. Também é possível comprar vários tipos de sal diretamente desses produtores, em tendas que ficam na entrada das salinas.
RAINBOW MOUNTAIN
A Montanha Vinicunca, também conhecida como Rainbow Mountain está a 3h de viagem de Cusco. Nos últimos anos ganhou muita popularidade e é um dos passeios mais realizados na região. Nós visitamos com nosso próprio carro, e fizemos a trilha sozinhos. Chegamos bem cedo e conseguimos aproveitar a montanha sem ninguém por perto.
Nós dormimos na cidade de Pitumarca, na noite anterior. Acordamos às 4h e dirigimos até o estacionamento mais próximo da montanha. Até chegar lá foram 2 horas, pois a estrada que liga essas duas cidades não é asfaltada e o caminho é bastante sinuoso. O caminho que as agências fazem saindo de Cusco é diferente, mas as curvas e a inclinação para ganhar altitude são muito parecidas.
Iniciamos a trilha às 6h da manhã, e chegamos no topo da montanha às 7:30. A trilha é curta mas o esforço é enorme. Ela está a 5.000 metros de altitude, e o cansaço bate forte. Indo devagar e constantemente se chega, mas estar aclimatado é importante.
A partir das 8:30 começaram a chegar pessoas, e às 9:30 a montanha estava lotada. A vista é muito bonita, mas as fotos que veem na internet tem bastante edição. Considere que o passeio saindo de Cusco pode ser muito cansativo, mas se você gosta de aventura e montanha, certamente vai curtir muito conhecer a rainbow mountain!
Foto: Peruanos ao longo da trilha da Rainbow Mountain
O Peru é um país surpreendente, cheio de lugares interessantes e histórias para conhecer.
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Com carinho,
Ale & Leo