Pegamos um voo low cost do sul da Itália para Tel Aviv e em poucas horas entramos em um mundo completamente diferente. Israel é um país de muitas culturas e influências, e uma simples caminhada pelo centro histórico de Jafa ou pelo mercadão de comidas deixa isso bem claro. Depois de passar uma semana em Israel seguimos em direção à Jordânia e quando cruzamos a fronteira terrestre nos deparamos com uma outra realidade.

O oriente médio é muito rico, e mesmo percorrendo apenas poucos quilômetros desta região tão vasta conseguimos nos encantar com a vida por ali.   Você tem vontade de viajar por esse canto do mundo? Compartilhamos aqui um roteiro de viagem pela Jordânia e Israel com as principais paradas e experiências que nos encantaram.

Foto: Mapa do roteiro por terra entre Israel e Jordânia

 

CHEGANDO EM ISRAEL

O aeroporto internacional de Tel Aviv se conecta bem com diversos países. Nós chegamos da Itália com um voo da Ryanair e depois saímos de lá com direção à África do Sul, com um voo da Ethiopian Airlines. No aeroporto encontramos vários brasileiros que voaram também com a Ethiopian com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos.

Chegando no aeroporto a primeira coisa que fizemos, depois da imigração, foi sacar moeda local em um caixa eletrônico. Como nosso voo chegou tarde da noite, nós queríamos pegar um táxi para ir até o hotel, e precisávamos de dinheiro em espécie para não correr nenhum risco. No final, acabamos pedindo um veículo de aplicativo e pagamos pelo cartão, mas se você precisar de dinheiro tem vários ATMs na área de desembarque.

A capital Tel Aviv

Localizada na costa israelense do mar Mediterrâneo, a cidade é vibrante! Tem muita vida noturna e durante o dia seus mercados e restaurantes estão sempre movimentados. Na região do centro, uma área chamada de “cidade branca” é repleta de edifícios Bauhaus da década de 1930, que fazem a gente viajar no tempo.

Foto: O mar mediterrâneo que banha Tel Aviv

Para entender toda a história e tantas camadas de conflitos e fases que a região já enfrentou, a melhor opção é contratar um walking tour pela cidade. Nós fizemos um tour de um dia inteiro percorrendo a região histórica de Jafa, depois seguindo pelo Carmel Market e fazendo um food tasting tour e por fim percorrendo a região de Bauhaus e conhecendo mais da arte de rua da cidade.

Foto: Pelas ruas de Tel Aviv

Foi cansativo, mas valeu a pena pela quantidade de informações que conseguimos absorver. Caminhando sozinhos seria impossível conhecer tanta coisa e provar tantas comidas comidas, como provamos! 

Foto: Uma das etapas do Food tasting tour que fizemos no Carmel Market

 

Masada National Park

Masada, que significa “local seguro”, é uma fortaleza natural com penhascos íngremes. Hoje os turistas acessam a região através de um bondinho, mas antigamente era preciso subir aquelas montanhas caminhando. Esse lugar é muito importante para os judeus pelo que representa. No ano 72, os romanos sitiaram Masada e conseguiram alcançar a fortaleza íngreme depois de construir uma enorme rampa de terra no lado oeste. No ano 73, os 960 zelotes judeus que viviam no topo de Masada optaram por cometer suicídio em vez de serem capturados e escravizados pelos romanos. Quando os romanos finalmente invadiram Masada encontraram todos mortos, já não havia mais o que conquistar. Nos dias de hoje essa história representa resistência para o povo judeu.

Foto: Ale nas Ruínas de Masada

Masada fica de frente para o mar morto, é um lugar extremamente quente. Quanto mais cedo chegar ali, melhor. As vistas são impressionantes e a história realmente impactante. Nós visitamos Masada e depois seguimos para a próxima parada do dia: Ein Gedi.

Ein Gedi

Um oásis a oeste do Mar Morto, Ein Gedi é uma reserva natural com grutas, cachoeiras, nascentes e uma diversidade de fauna e flora. Não é um destino que consideramos que vale a pena uma visita isolada, porém, como está situado no caminho entre Masada e o Mar Morto, acaba sendo uma parada de conveniência quando você já está em trânsito pela região.

Foto: Passando muito calor em Ein Gedi

É preciso pagar uma entrada, e quando você entra precisa percorrer um circuito caminhando que passa por diferentes nascentes e cachoeiras. Vá preparado para mergulhar ou ao menos se molhar um pouco nas águas doces, porque o calor na região é muito intenso.

Mar Morto

O Mar Morto é um lago salgado que está localizado a mais de 400 m abaixo do nível do mar, sendo o ponto mais baixo em terra seca do planeta. Pela sua alta concentração de sal (cerca de 10x mais do que a água dos oceanos) faz com que qualquer pessoa flutue em suas águas. A lama negra no fundo do lago é rica em sais minerais e é famosa por ser utilizada em tratamentos terapêuticos e produtos de beleza.

Foto: Leo boiando no Mar Morto

O Mar Morto é extenso e existem vários pontos em que você pode acessar e mergulhar, desde resorts 5 estrelas com acessos privados, até praias públicas e sem infraestrutura. Nós visitamos a Kalia Beach, um acesso privado que cobra entrada e oferece duchas de água doce, banheiros e vestiários para os turistas. Como nós fizemos um tour fechado, quem escolheu a praia foi a agência e acabamos não explorando outras praias na região para poder comparar.

Foto: Ale espalhando lama terapêutica pelo corpo no Mar Morto

A experiência de flutuar e passar a lama terapêutica no corpo foi interessante, mas quando estivemos lá, o local estava excessivamente cheio de turistas, o que atrapalhou a experiência. Na nossa visita a temperatura estava em 45°C, o que deixava qualquer um desesperado por uma cerveja gelada. O bar em frente ao lago estava cobrando cerca de R$ 75,00 por 1 copo de cerveja. Pois é, o resultado da combinação perfeita de calor + turistas = preços altos.

Foto: A cerveja cara do Mar Morto

Nós visitamos Masada, Ein Gedi e o Mar Morto no mesmo dia através de um tour. Se você tiver disponibilidade de tempo, nossa sugestão é que faça o passeio sozinho com um carro alugado para ter mais liberdade de escolha e ir conhecer uma praia menos turística do Mar Morto. Mas, se você estiver com a agenda apertada, o tour pode ser uma boa opção para conhecer a zona.

Jerusalém

Jerusalém é uma cidade única no mundo. Além de ser uma das cidades mais antigas, ela é considerada sagrada pelas três principais religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo. Infelizmente, toda essa religiosidade não conduziu a região para caminhos de paz, mas sim de conflito e longas disputas entre israelenses e palestinos.

Foto: Muro das lamentações em Jerusalém

A cidade é dividida em bairros e zonas de influência judia, cristã, ortodoxa e palestina, e caminhar por cada uma delas é uma experiência à parte. Para entender melhor sobre os locais sagrados de cada religião, vale a pena visitar cada um deles:

• Muro das lamentações dos Judeus
• A Mesquita de Al-Aqsa dos muçulmanos
• Santo Sepulcro dos católicos

Foto: Ale com a Mesquita Al-Aqsa de Jerusalém ao fundo

Visitar Jerusalém foi muito interessante e ao mesmo tempo inquietante. O clima que pairava no ar era de constante tensão, e os checks de segurança que existem na cidade antes de visitar os lugares sagrados fazem com que a gente esteja sempre alerta. É sem dúvida um lugar que nos faz refletir muito mais do que desfrutar de uma viagem de descanso. Um lugar complexo e denso.

É possível combinar a visita a Jerusalém com as cidades de Belém e Jericó, sob domínio palestino. Outra opção é seguir para a Jordânia, que foi o fizemos e contamos nesse post com um roteiro de viagem pela Jordânia com as principais paradas e experiências.

 

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Com carinho,

Ale & Leo