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DICAS DA ESTRADA

SOFREMOS UM ACIDENTE DE CARRO NOS EUA

Um triste capítulo na nossa expedição pelo mundo.

 

No dia 29 de Junho de 2022, quando dirigíamos nosso carro pela lendária Rota 66 nos Estados Unidos, fomos surpreendidos por um enorme impacto na parte de trás da nossa Defender. Um caminhão em alta velocidade bateu na traseira do nosso motorhome e nos empurrou por alguns metros em uma rodovia no estado do Arizona. Sofremos um acidente com nosso carro brasileiro nos EUA.

O susto que vivemos nesse momento é indescritível. O barulho enorme que o impacto causou, somado com os momentos de tensão que vivemos até conseguir parar o carro e descer em segurança, nos deixaram angustiados por muito tempo.

Ao longo de mais de 3 anos dirigindo pelo mundo e mais de 65.000 quilômetros percorridos por 16 países, nunca vivemos nada parecido, nenhuma situação de “quase acidente”, ou qualquer susto mais sério. Passamos por desertos, por quebras do carro, por montanhas na Cordilheira dos Andes de mais de 5.000 metros de altitude, dias de chuva intensa e lugares considerados muito mais perigosos do que uma estrada bem asfaltada em um dia de sol, como a que percorremos quando fomos atingidos.

 


Foto: Traseira do Afonsinho, nosso carro/ casa depois do acidente

 

Apesar do forte impacto, a Defender nos manteve protegidos. A estrutura do carro absorveu muito impacto, o que acabou estendendo os danos além da parte atingida. O impacto foi atrás, mas o chassis sofreu, as laterais empenaram, a porta da frente não abria mais e até o painel do carro caiu. 

Quando a polícia chegou ela conversou primeiro conosco, e depois com o outro motorista, de forma separada. Ela coletou informações de ambas as partes e nos forneceu um relatório, onde constava o nome do responsável pelo acidente, sua apólice de seguro e os contatos que deveríamos acionar.

A polícia chamou um guincho, que nos buscou na estrada e nos levou até a cidade mais próxima. Nós tivemos que pagar ele do nosso próprio bolso. Fomos até o hospital mais próximo fazer alguns exames, pois o tornozelo da Ale estava inchado e com muita dor, além do ombro e costas do Léo também terem sofrido torções.

 

Foto: Hospital em Gallup, New Mexico, a cidade mais próxima do local onde sofremos o acidente

 

A ficha foi caindo aos poucos, e a dor emocional só aumentava. Sem dúvidas estávamos gratos pela vida, gratos pelo acidente não ter terminado em uma tragédia maior, mas a cada hora em que processávamos tudo que estava acontecendo, a dor ficava mais intensa. A gente se viu sem chão. Nosso carro não era apenas um carro, mas também nossa casa, nosso projeto de vida, nosso trabalho. Não tínhamos mais onde dormir, onde cozinhar nem como se locomover, pois estávamos em uma região que não havia transporte público. Nossos custos foram para as alturas, tivemos que pagar guincho, muitas diárias de hotel, comida, táxis e tantas outras coisas, mesmo sem saber se o seguro iria algum dia nos reembolsar por tantos danos. 

 

No dia seguinte do acidente estávamos tão angustiados que precisávamos de um atendimento de um psicólogo/ terapeuta. Entramos em contato com nosso seguro saúde e conseguimos o contato de 1 profissional na cidade onde estávamos (que era muito pequena), porém, era um sábado e esse profissional não estava disponível. Optamos por buscar outro especialista que pudesse nos atender no mesmo dia e pagar do nosso bolso, mesmo sem ter a possibilidade de reembolso, porque naquele momento o conforto e o acolhimento de um profissional era extremamente necessário para nós. Lá se foram mais 200 dólares americanos para a conta do prejuízo.

 

Foto: Sala de espera do consultório do psicólogo no Novo México, EUA

 

E AGORA, COMO FICAM OS PLANOS?

 

O Acidente aconteceu em Junho/22, e nós escrevemos esse relato em Dezembro/22. Infelizmente, ainda não temos o desfecho que esperávamos para essa história. Os processos com o seguro do responsável pelo acidente ainda estão em desenvolvimento, sem um prazo determinado para encerrar.

É muito triste ver nossos sonhos interrompidos, junto com um trabalho de anos, pela negligência de outros. Infelizmente, não importa o quanto você tome cuidado, sempre vão existir coisas fora do seu controle, riscos a que estamos sujeitos todos os dias que acordamos e saímos de casa para viver o mundo.

 

Escrevemos esse relato aqui não para desencorajar quem viaja ou quer viajar com seu carro pelo mundo, mas sim para compartilhar uma experiência real, que talvez ajude alguém no futuro.

Nossos planos foram interrompidos, mas a expedição não acaba aqui. Nós encerramos a etapa AMÉRICAS da nossa volta ao mundo de uma forma diferente, que não tínhamos previsto, mas com certeza vamos sair mais fortes dessa. O acidente nos obrigou a fazer uma pausa para planejar com calma e carinho nossos próximos passos.

O sonho segue mais vivo do que nunca, e a gente vai continuar seguindo em frente sempre em busca da FELICIDADE.

 

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Com carinho,

Ale e Léo

 

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Ale e Leo | @mundi360